segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mais alguns sonhos lúcidos


28/05/2010
(lua cheia)

Primeiro SL da noite

Havia acordado de madrugada, mais ou menos às 04:00 hs. Voltei a dormir.
O sonho começa como uma espécie de filme, há um personagem em uma sala - personagem esse que se torna "eu", às vezes.
Esse personagem conversa com alguém, semelhante a um militar norte-americano do século XIX, daqueles que aparecem nos filmes classe "B" sobre a época da guerra civil.
Ele oferece ao protagonista-eu uma arma - uma pistola antiga, daquelas de um só tiro.
O personagem-eu a recusa.
Depois é-lhe oferecido um cavalo e "ele-eu" aceita.
Saímos então para pegar o cavalo.
A saída do quarto ou sala dá para um corredor que fica no andar de cima da casa.
Nesse momento, percebo que é um sonho (SL) e resolvo interromper o enredo.
Jogo-me da escada e começo a flutuar, caindo muito lentamente.
Posso perceber com muita clareza que me aproximo do chão (que é de mármore branco, semelhante ao chão da casa de meus pais) e que posso também me afastar dele, dependendo do pensamento.
Faço alguns testes de controle mental dos movimentos oníricos (para cima e para baixo, várias vezes, sempre observando o chão se aproximando ou se distanciando).
Ouço alguém tocando piano, mas não posso ver quem é, está no andar de baixo.
Porém, algo um pouco sinistro ocorre: tenho a impressão de ouvir alguém cochichando ao pé de meus ouvidos de que "há alguém atrás de mim" ou "em minhas costas".
Fico com medo e acordo.

OBS: após transcrever esse relato, notei não ser a primeira vez que isso me vem. Uma das hipóteses é de que eu mesmo fiquei sob influência do livro de Robert Monroe - Viagens fora do Corpo - em que o autor narra alguns episódios de seres se prendendo às suas costas...

Segundo SL da noite

É noite e estou andando em uma rua.
Uma senhora anda ao meu lado, mas não estamos juntos, é apenas uma casualidade.
Viro à esquerda e ela também.
Deparamo-nos com um travesti nu na calçada. Ele assume uma postura um tanto quanto agressiva.
Faço careta para ele e continuo andando, porém, apresso o paço.
Após atravessar a rua, volto-me para trás e não tenho certeza se o travesti está lá ou não.
Nesse momento, percebo que é um sonho (SL) e já começo a voar.
Vejo com clareza os edifícios (baixos) e as luzes nas janelas.
Ocorre-me a idéia de procurar um mestre, mas logo acordo.
Ao acordar, ainda sinto a flutuação, por alguns segundos.

31/05/2010
Mais ou menos às 06:00 hs.

Havia acordado à noite.

Voltei a dormir - mas talvez tivesse sido um falso despertar.

O sonho começa.

Estou em uma rua e, por alguma razão que não me lembro, resolvo puxar o dedo - descrente, entretanto, de que se tratasse de um sonho - foi quase uma brincadeira !

O dedo, contudo, estica e se parte (SL). Fico surpreso, mas não excessivamente excitado.

Resolvo caminhar pela rua, somente observando atentamente, sem fazer nada em especial.

Estou muito lúcido e atento a cada detalhe. Há muitas pessoas caminhando pelas ruas e venta muito - lembro-me do vento balançando fortemente a copa das árvores.

Observo os edifícios, árvores, tudo.

O sonho está estável e parece que posso ficar ali muito tempo, simplesmente observando o cenário e as pessoas.

Noto que está tudo normal, porém o que me chama a atenção é que as pessoas têm uma fisionomia um pouco estranha, mas não há monstruosidades.

Resolvo parar de andar e ficar apoiado em um muro, só observando.

A ponta do dedo que havia partido virou uma espécie de chiclete e eu estava brincando com essa macinha grudenta, um pouco incomodado.

Isso chamou a atenção de um grupo de senhoras que andava pela rua, muito falantes, semelhante a turistas.

Elas passaram e me perguntaram o que eu estava fazendo com aquilo. Disse-lhes para não se importarem e fiz uma "mágica" e a macinha grudenta desapareceu.

Elas ficaram contentes e riram.

Comecei a andar com elas e perguntei o que faziam.

Responderam-me que "trabalhavam, fazendo compras e dormindo"... (!)

Espantei-me, pois talvez soubessem que estavam em um sonho.

Perguntei se sabiam que tudo isso era um sonho.

Elas me responderam que sim, mas de um modo um pouco confuso, de forma que conclui que não eram sonhadoras lúcidas.

Insisti que isso era REALMENTE um sonho e demonstrei isso enfiando a mão dentro de um telefone público, de modo que meu braço o atravessou.

Acrescentei que talvez fosse o MEU sonho, ou talvez não...

Houve um certo burburinho e então resolvi continuar a observar mais atentamente o cenário, enquanto andava - especialmente as árvores, as folhas.

Disse a ela como era incrível a mente criar um mundo tão detalhado, com folhas idênticas às reais !

Peguei uma das folhas da árvore e senti a textura.

Mas logo veio a mente que talvez essa espécie não existisse - como saber ? se não sou biólogo...

Acordo


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