domingo, 27 de junho de 2010

Por que os sonhos parecem tão reais ?



Retirei esses dois textos anônimos do excelente Blog Ninguém, Nunca, em Lugar Nenhum:



POR QUE OS SONHOS PARECEM TÃO REAIS?



A Consciência resplandecendo em você está sempre brilhando, Ela nunca dorme. Assim, quando o seu corpo está 'dormindo', mas o pensar continua ativo durante o estado de sonho, a Consciência resplandece nos pensamentos-sonho, emprestando sua realidade a eles, fazendo, dessa forma,o sonho parecer real. Qualquer coisa a que a Consciência empreste a sua realidade, ganha a ilusão de ter vida - sejam os seus pensamentos durante o estado de sonho ou os seus pensamentos durante o seu estado 'acordado'. A Consciência Universal é a ÚNICA fonte de realidade e percepção que existe. Tudo o mais apenas pega emprestada a sua realidade da Consciência Universal, mais ou menos como a lua à noite parece ter brilho próprio, quando na verdade sua luminosidade vem do sol.

Uma outra coisa sobre os sonhos, é que todos os personagens do sonho PARECEM absolutamente separados no sonho, mas ainda assim você sabe que eles todos de fato vêm de UM sonhador, e são, portanto, UM só. Entretanto, se alguém chegasse para a sua 'persona onírica' durante um seu sonho, e lhe dissesse que todos no sonho eram de fato apenas UM, você pensaria que esse alguém estava louco. Portanto, mesmo nos sonhos, as crenças incorretas distorcem a realidade. E não pense que os pensamentos, que criam essa distorção da realidade durante seus sonhos, param de fazer seus "truques" quando você "acorda" - eles estão criando a mesma distorção da realidade AGORA MESMO.


Você é 100% "auto-relizado" nesse mesmo instante, quer você entenda isso ou não. Não existe um "caminho", apenas crenças incorretas que precisam ser removidas. E a própria crença de que existe um caminho é, em si mesma, um obstáculo. Você não pode nunca estar fora da eterna realidade, ISSO É IMPOSSÍVEL.

Não esqueça, TUDO acontece NA PERCEPÇÃO. Mesmo quando você entende tudo o que eu estou dizendo, os pensamentos ainda podem aparecer como "Eu tive um dia cheio no trabalho hoje, distraí-me e não fiquei muito na PERCEPÇÃO". Mas isso é apenas um pensamento que está acontecendo na PERCEPÇÃO. Da mesma forma, o pensamento oposto, "Eu tive um dia muito 'focado', e realmente permaneci na PERCEPÇÃO" é igualmente um pensamento, uma visão, que está acontecendo na PERCEPÇÃO. Tudo é apenas uma aparência na PERCEPÇÃO. E você é a PERCEPÇÃO, não a aparência.

Uma pessoa ocupada num sonho tem o sonhador fluindo através dela em menor escala que uma pessoa meditando no mesmo sonho? Para o sonhador, ambas são apenas um sonho. O personagem do sonho que ignora o fato de que existe apenas a Consciência do sonhador está tão na Consciência quanto o personagem que tem esse entendimento. A única diferença entre eles é que o que não tem esse entendimento está simplesmente carregando crenças incorretas.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mais alguns sonhos lúcidos


28/05/2010
(lua cheia)

Primeiro SL da noite

Havia acordado de madrugada, mais ou menos às 04:00 hs. Voltei a dormir.
O sonho começa como uma espécie de filme, há um personagem em uma sala - personagem esse que se torna "eu", às vezes.
Esse personagem conversa com alguém, semelhante a um militar norte-americano do século XIX, daqueles que aparecem nos filmes classe "B" sobre a época da guerra civil.
Ele oferece ao protagonista-eu uma arma - uma pistola antiga, daquelas de um só tiro.
O personagem-eu a recusa.
Depois é-lhe oferecido um cavalo e "ele-eu" aceita.
Saímos então para pegar o cavalo.
A saída do quarto ou sala dá para um corredor que fica no andar de cima da casa.
Nesse momento, percebo que é um sonho (SL) e resolvo interromper o enredo.
Jogo-me da escada e começo a flutuar, caindo muito lentamente.
Posso perceber com muita clareza que me aproximo do chão (que é de mármore branco, semelhante ao chão da casa de meus pais) e que posso também me afastar dele, dependendo do pensamento.
Faço alguns testes de controle mental dos movimentos oníricos (para cima e para baixo, várias vezes, sempre observando o chão se aproximando ou se distanciando).
Ouço alguém tocando piano, mas não posso ver quem é, está no andar de baixo.
Porém, algo um pouco sinistro ocorre: tenho a impressão de ouvir alguém cochichando ao pé de meus ouvidos de que "há alguém atrás de mim" ou "em minhas costas".
Fico com medo e acordo.

OBS: após transcrever esse relato, notei não ser a primeira vez que isso me vem. Uma das hipóteses é de que eu mesmo fiquei sob influência do livro de Robert Monroe - Viagens fora do Corpo - em que o autor narra alguns episódios de seres se prendendo às suas costas...

Segundo SL da noite

É noite e estou andando em uma rua.
Uma senhora anda ao meu lado, mas não estamos juntos, é apenas uma casualidade.
Viro à esquerda e ela também.
Deparamo-nos com um travesti nu na calçada. Ele assume uma postura um tanto quanto agressiva.
Faço careta para ele e continuo andando, porém, apresso o paço.
Após atravessar a rua, volto-me para trás e não tenho certeza se o travesti está lá ou não.
Nesse momento, percebo que é um sonho (SL) e já começo a voar.
Vejo com clareza os edifícios (baixos) e as luzes nas janelas.
Ocorre-me a idéia de procurar um mestre, mas logo acordo.
Ao acordar, ainda sinto a flutuação, por alguns segundos.

31/05/2010
Mais ou menos às 06:00 hs.

Havia acordado à noite.

Voltei a dormir - mas talvez tivesse sido um falso despertar.

O sonho começa.

Estou em uma rua e, por alguma razão que não me lembro, resolvo puxar o dedo - descrente, entretanto, de que se tratasse de um sonho - foi quase uma brincadeira !

O dedo, contudo, estica e se parte (SL). Fico surpreso, mas não excessivamente excitado.

Resolvo caminhar pela rua, somente observando atentamente, sem fazer nada em especial.

Estou muito lúcido e atento a cada detalhe. Há muitas pessoas caminhando pelas ruas e venta muito - lembro-me do vento balançando fortemente a copa das árvores.

Observo os edifícios, árvores, tudo.

O sonho está estável e parece que posso ficar ali muito tempo, simplesmente observando o cenário e as pessoas.

Noto que está tudo normal, porém o que me chama a atenção é que as pessoas têm uma fisionomia um pouco estranha, mas não há monstruosidades.

Resolvo parar de andar e ficar apoiado em um muro, só observando.

A ponta do dedo que havia partido virou uma espécie de chiclete e eu estava brincando com essa macinha grudenta, um pouco incomodado.

Isso chamou a atenção de um grupo de senhoras que andava pela rua, muito falantes, semelhante a turistas.

Elas passaram e me perguntaram o que eu estava fazendo com aquilo. Disse-lhes para não se importarem e fiz uma "mágica" e a macinha grudenta desapareceu.

Elas ficaram contentes e riram.

Comecei a andar com elas e perguntei o que faziam.

Responderam-me que "trabalhavam, fazendo compras e dormindo"... (!)

Espantei-me, pois talvez soubessem que estavam em um sonho.

Perguntei se sabiam que tudo isso era um sonho.

Elas me responderam que sim, mas de um modo um pouco confuso, de forma que conclui que não eram sonhadoras lúcidas.

Insisti que isso era REALMENTE um sonho e demonstrei isso enfiando a mão dentro de um telefone público, de modo que meu braço o atravessou.

Acrescentei que talvez fosse o MEU sonho, ou talvez não...

Houve um certo burburinho e então resolvi continuar a observar mais atentamente o cenário, enquanto andava - especialmente as árvores, as folhas.

Disse a ela como era incrível a mente criar um mundo tão detalhado, com folhas idênticas às reais !

Peguei uma das folhas da árvore e senti a textura.

Mas logo veio a mente que talvez essa espécie não existisse - como saber ? se não sou biólogo...

Acordo


domingo, 20 de junho de 2010

Teorias conspiratórias e viagem no tempo em um sonho lúcido


23/05/2010
(em Florianópolis)


Estava com minha irmã em um veículo grande - navio, barco ou ônibus.
Descemos desse veículo e noto que se trata do passado.
É como se estivéssemos assistindo a um filme e, no meio dele, tivéssemos entrado nele.
Começamos a discutir se o filme ocorre no passado ou no presente.
Concluo, pelos veículos, que é de uns 10 anos atrás.
Nesse instante, já estamos caminhando dentro dele (ou seja, "entramos" no cenário), pelas ruas.
Comento com ela que não seria impossível que seres do futuro se infiltrassem no passado, para influenciar os acontecimentos.
Ela responde que, de acordo com as teorias da conspiração, isso já está acontecendo e a infiltração ocorre nas seitas evangélicas.
Discordo dela e digo que seria nos laboratórios e sistema financeiro.
Segue-se uma pequena discussão.
Estamos subindo a Rua Augusta, em São Paulo, à noite.
Ocorre-me que, se estamos no passado, seria interessante procurar uma banca de jornal para termos certeza de que lugar no tempo estamos.
Pergunto a ela se disseram como podemos voltar ao nosso tempo.
Ocorre-me também que, se estamos viajando no tempo, seria bem possível que isso fosse um sonho e resolvo esticar o dedo.
O dedo estica (SL).
Espantado, mas sereno, olho para ela e explico que estamos numa viagem no tempo DENTRO DE UM SONHO e estico o dedo novamente para ela.
Digo-lhe para ela lembrar bem do sonho, para quando acordar se certificar do SL.

(OBS: não pude me certificar com ela, após acordar, acerca da possibilidade de compartilhamento do SL, pois me encontrava viajando, em outra cidade.)

Chegamos então na Av. Paulista, à procura da banca de jornal.
Quando chegamos ali, tudo está deserto e escuro, sem luz, semelhante a um black out.
Não há bancas de jornal.
Resolvo gritar "pelo mestre" e sento no meio da rua, lembrando os ensinamentos de Lama Tsering, para "nada fazer" durante um SL.
Alguns homens aparecem, em atitude agressiva, e ela luta com eles. Eu não faço nada, simplesmente fico sentado, chamando pelo mestre.
Os homens me evitam e nada fazem comigo.
Resolvo andar, ainda à procura do mestre.
Olho ao lado e vejo uma loja repleta de jornais e livros, com pessoas dentro.
Porém, continuo chamando em voz alta pelo mestre.
Pergunto: - Você é o mestre ? - E elas dizem que não, ou me evitam.
Chego em um bar e repito a pergunta, mas nada.

Acordo.



sábado, 19 de junho de 2010

Sonhos Lúcidos: novos relatos



Sem querer entediar o leitor do Blog, selecionei mais algumas experiências ocorridas no mundo onírico.

06/03/2010
Mais ou menos às 03:50 hs


Estava andando à noite em uma rua.

Aviões passam velozmente e já sei que é um sonho (SL). Mesmo assim, para me certificar, puxo o dedo.

Resolvo voar para alcançá-los. Eles fazem manobras rápidas, mas consigo alcançar um deles e o agarro.

É um avião de brinquedo.

Pergunto: - Quem é você ? - mas não há resposta.

Quebro o avião para ver se há alguém dentro, mas nada !

Lembro, ainda no sonho: obviamente a natureza de tudo é vazia.

Olho para o céu novamente e há mais naves.

Vôo em perseguição e alcanço.

Seguro novamente a nave, é outro brinquedo.

Percebo a futilidade disso e fico um pouco confuso, pois agora devo ir atrás ou fazer algo mais importante ?

Acordo.


13/03/2010

Primeiro Sonho Lúcido da noite

Após acordar no final da noite (mais ou menos às 05:00 hs), meditei bastante (meditação do relaxamento profundo/desapego).


Estava em uma faculdade, muitas pessoas no local, acho que era intervalo da aula ou mais provavelmente saída.

Estava com uma amiga e um outro homem, não me lembro quem - eu estava de ótimo humor, brincando com todos.

Descemos a escada para procurar um lugar para almoçar.

Acho que meu sapato desamarra e tenho que parar para arrumá-lo

Quando chegamos na rua, minha amiga não está mais conosco. Procuro-a e a vejo numa loja, um pouco distante.

Mas a voz dela está próxima de mim.

Quando me viro, ela está ao meu lado.

Digo-lhe que é estranho, porque ela estava longe há poucos instantes... e acrescento que parece um sonho - embora esteja incrédulo quanto a isso !

Ela me provoca e, em tom de blague, brincadeira, diz-me para experimentar se é um sonho mesmo.

Meio a contra-gosto, puxo o dedo e este estica !

(OBS: venho observando há algum tempo que, por vezes, o próprio sonho parece "querer"que recuperemos a lucidez onírica. Este exemplo foi o mais explícito, mas não o único. É comum estarmos desconfiados de que seja um sonho, mas desistimos de averiguar; e, na sequência, o sonho nos exibe uma situação ainda mais desconsertante para que não reste dúvidas. Uma variação ou desenvolvimento dessa idéia é de que o SL é resultado da incubação do propósito de continuarmos lúcidos. E, indo mais além, de que a própria lucidez onírica é parte integrante do sonho todo, do enredo onírico todo. Tais reflexões traz imbrincações acerca da natureza ilusória de todo eu-ego separado do mundo - incluído aqui o ego onírico - e da separação sujeito-objeto.)


Não me lembro bem o que fiz em seguida, mas logo "acordo".

Ou melhor, quase...

Segundo SL da noite

Havia "acordado", mas era um falso despertar.

Não me lembro se depois acordo de fato (para dormir e sonhar) ou se simplesmente volto a sonhar este sonho, mas o fato é que entro já lúcido neste sonho (SL).

Estou numa canôa em um rio.

É tudo muito nítido e estou bem lúcido.

Aparece um jacaré e eu o agarro, segurando sua cabeça.

Examino-a detidamente e parece que a cabeça vai se transformando em uma cabeça de cobra ou serpente.

Porém, percebo que, ao fundo, há uma ilhota, que me chama a atenção e parece mesmo que brilha.

Largo a cabeça de jacaré-cobra e me dirijo para a ilhota.

Vem-me à consciencia que penetrar na ilha é como "penetrar em si próprio" (viagem interior) e decido mergulhar dentro da ilha.

Após atravessar uma parede de pedras, dou em uma caverna, onde há uma outra barreira.

"Ciente" de que estou mergulhando em mim mesmo (?), resolvo ultrapassar essa outra parede, porém não consigo.

Após várias tentativas frustradas, acordo.


01/05/2010
(lua cheia)

Primeiro SL da noite

Pensava estar acordado, mas já estava sonhando. Dormi dentro do sonho e então começo a sonhar lucidamente (sonho lúcido dentro do sonho).

Estava muito lúcido e pude comparar o nível de consciência do SL com o estado de consciência anterior - que pensava ser de vigília, considerando ser evidente a diferença: ou seja, de uma certa forma, é como se já entrasse lúcido no segundo sonho, "desperto" pelo nível diferente de consciência.

No sonho, alço vôo e vejo algumas casas embaixo. É uma paisagem rural, com uma estrada e algumas pessoas.

Resolvo pousar em frente a um homem, que está sentado em posição de lótus, em frente a uma pedra que se assemelha a uma mesa.

Faço um cumprimento à moda iogue ou indiana e sento à sua frente, com a pedra entre nós.

O homem (de óculos) começa a falar algo sobre as práticas espirituais, dando ensinamentos ou conselhos a respeito de se dedicar mais etc.

Enquanto ele fala, percebo que a pedra é uma superfície líquida, quando passo a mão sobre ela parece que escorre.

Estou atento ao que ele fala, mas, a uma certa altura, começo a não mais compreendê-lo, sua voz embaralha e acordo.

Segundo SL

Este foi já pela manhã.

Estou em meu apartamento com algumas pessoas, acho que com meu irmão e duas ou três mulheres.

Conversam sobre política internacional - vejo ao fundo um belo fim de tarde, com edifícios já de luzes acesas.

Enquanto conversamos sobre a integração da economia brasileira e argentina, percebo, bem ao longe, por detrás dos prédios, um Cristo redentor - e isso me desperta uma suspeita de tratar-se de um sonho.

Continuo a conversa, sem dar muita atenção para o fato.

Repentinamente, entretanto, surge atrás dos prédios uma fantástica e maravilhosa figura iluminada do Buda (ou Krishna ?) em tons lilás, azul, rosa etc.

Fico maravilhado com a cena e percebo que só pode se tratar de um sonho.

Ainda perplexo e maravilhado, resolvo fazer o teste, e puxo o dedo, que estica (SL).

Porém, mesmo sabendo já se tratar de um sonho, estou muito perplexo com o fato.

Resolvo pular a janela e voar, mas hesito e fico com medo.

Quando finalmente salto, acordo.


02/05/2010

Tive 2 SL pela manhã, após ter acordado (às 04:00 hs). Voltei a dormir por mais 2 horas, mais ou menos.

Como só anotei o SL à noite, acabei me esquecendo do segundo SL.

Antecedentes: meditação do relaxamento, percepção de que o inconsciente/desconhecido prevalece sobre o conhecido (Maharaj); não devemos buscar o reconhecimento.


O SL:

Estava em um elevador - creio que aqui já me encontrava lúcido (SL).

O elevador estava cheio, somente homens.

Recordo-me de haver pensado: nos sonhos sempre me vejo em situações como esta.

Um dos homens está muito aflito e diz algo sobre não gostar nenhum pouco disso ou daquilo - razão de sua aflição.

Ele está de perfil para mim.

Estou muito lúcido e, para acalmá-lo, digo mentalmente para ele não se preocupar com nada, pois tudo aquilo que ele gosta ou não gosta nada tem a ver com sua natureza.

Enquanto digo, parece que minha mente penetra na dele.

Ele se acalma.

E um zumbido ocorre em mim, como se eu mergulhasse em meditação.

Acordo.


OBS: transcrevendo este sonho no Blog, ocorre-me que o homem aflito sou eu mesmo, tendo havido uma fusão de consciências. O insight foi interiorizado por meio do SL.



sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mais sonhos lúcidos de H. Vilela



Segue abaixo o relato dos sonhos lúcidos e das experiências de nosso leitor H. Vilela, que já teve postado um outro sonho aqui mesmo no Blog.

Antes de iniciar o relato, gostaria apenas de fazer 3 comentários:

Primeiramente, considero que qualquer sonho lúcido, ainda que curto ou aparentemente insignificante, tem grande importância, especialmente se o sonhador realiza algum tipo de prática meditativa ou espiritual e se a experiência foi antecedida da intenção consciente de se ter um sonho lúcido.

Achei interessante a técnica mencionada por Vilela, de se agarrar a algum objeto onírico com atenção, na tentativa de prolongarmos a lucidez e o próprio sonho. Vale conferir.

Finalmente, em relação à sensação de estar caído quando se acorda - sem dúvida alguma, ela tem íntima e direta conexão com o estado de lucidez onírica. Há muitas interpretações para isso. Na minha opinião a própria constatação desse fenômeno pode trazer um ensinamento, ainda mais quando refinamos a percepção e sentimos o momento mesmo em que ocorre a alternância da consciência-corpo-cenário.

Segue seu relato:


"Acabei de ler todos os sonhos que você postou dos dias anteriores, e entrei no site justamente porque hoje eu tive um tipo de "princípio de sonho lúcido", não sei se vale a pena postar como post, pois foi curtíssimo.



"Ah... e isso me lembrou que aquele outro sonho que eu mandei (que você postou) não era o primeiro, mas foi o mais chamativo e interessante até então".


"Na verdade eu só lembrei dos outros que tive anteriormente depois desse sonho que tive hoje.

Aconteceu numa pausa do almoço em que resolvi cochilar:



"No sonho eu estava com dois colegas de trabalho conversando, e no meio do sonho um deles fala algo que eu queria muito ouvir (em vigília) era tão inacreditável ,que na mesma hora puxei meu dedo e ele esticou. Vi que era sonho, mas assim que fiz isso acabei acordando.""




"Foi bem curto, mas desde aquela vez foi a primeira lucidez que tive.



"No primeiro, que foi meio estranho, e engraçado, eu me via num campo todo verde (tipo aquela àrea de trabalho inicial do Windows XP), e nesse campo tinham uns camundongos querendo subir em cima de mim (???) não sei quando fiquei lúcido, mas creio que foi uma certa lucidez ficar pulando na intenção de tentar voar para me livrar dos ratos, só que me lembro que ceguei a flutuar, mas eu caia logo em seguida.

"E depois de mais algumas tentativas acordei sem ter conseguido voar.




"E o outro sonho lúcido que tive anterior ao postado aqui no blog (como disse, só lembrei deles depois desse breve sonho de hoje, não entendi a ligação que me fez lembrar).

"Nesse dia eu estava novamente em horário de almoço na empresa onde trabalho (talvez essa seja uma ligação, a situação antes de dormir era a mesma), lembro muito pouco:

Me lembro que uma colega de trabalho estava tentando me ensinar a andar de moto, mas eu não estava conseguindo aí ela me levou na garupa, de repente meio que surgiu um congestionamento enorme e descemos da moto e acho que fiquei lúcido nesse momento, pois assim que desci da moto me lembrei que li em algum lugar que se você quiser não sair do sonho lúcido era só você se agarrar ou segurar algum objeto no sonho. Nisso me lembro que agarrei em um poste de metal, e assim que fiz isso comecei meio que a girar em torno do poste muito rápido, mas aí me lembrei que na vigília eu estava no trabalho e não sabia se o horário de almoço já não teria acabado, e decidi soltar o poste e acordei.



"Uma coisa estranha quando acordei e me lembro bem, foi ter aquela sensação de estar caindo quando se acorda.. aliás.. sensação essa que senti hoje também, será que tem alguma relação, parece que já ouvi algo sobre isso."



quinta-feira, 17 de junho de 2010

Novos relatos de sonhos lúcidos


03/02/2010

Tive nessa noite 2 sonhos lúcidos.
Narrarei o primeiro, que é curto.

Estava em uma plataforma do metrô e carregava uma bolsa de mulher pequena e preta. Olhei para a bolsa e achei estranha a situação, estava em uma ligeira confusão mental, inclusive sem me lembrar da minha própria mochila.

Esse estado de esquecimento e confusão me incomodou e despertou-me para o sonho, que agora é lúcido (SL).

Puxo o dedo, que estica.

O trem, que se aproximava, parou assim que fiquei lúcido.

Havia um condutor, que saiu do trem.

Resolvi me aproximar para conversar, mas acordo.

23/02/2010

Primeiro Sonhos Lúcido

Estou na rua, é noite, e encontro-me próximo ao local de trabalho.
Entro em uma fila e percebo que não deveria estar ali. Resolvo mudar de direção e ir para o ponto de ônibus. Nesse momento, o sonho se torna lúcido (SL).
Repentinamente, um gato atravessa a rua, muito rápido. Resolvo voar até ele.

(posteriormente, já acordado, lembrei-me dos “batedores”de que fala o Castañeda; talvez por essa razão é que tenha ido atrás do gato...)

O gato se esconde embaixo de um automóvel.

Não consigo alcançá-lo.

Acordo.

Segundo Sonho Lúcido da noite

Estou contando o sonho lúcido acima para a Ivanise.

Há mais alguém conosco.

Estamos em uma rua e passa um avião muito baixo.

Descubro tratar-se novamente de um sonho (SL).

Estico o dedo (fico muito surpreso, pois realmente achava estar acordado).

Já bem lúcido, viro-me para a Ivanise e tento convencê-la de que estamos em um sonho. Seu rosto se transforma para o de um homem. Mesmo assim, continuo tentando convencê-la; ela/ele diz que "...não sabe...".

Acordo.

Porém, na cama, percebo estar flutuando (EFC/OBE) e resolvo girar.

Fico algum tempo assim, porém ocorre-me um enjôo, o que me leva a interromper a experiência.

Terceiro sonho lúcido (SL) da noite

Volto a dormir e entro já lúcido no sonho.

Há uma grade de portão, com pontas de ferro e, nas pontas, pequenas bolinhas metálicas.

Ao lado, há uma porta fechada.

Tento abrí-la, mas está trancada.

Por alguma razão, aperto uma das bolinhas metálicas e a porta se destranca.

Entro.

É um recinto pequeno, vazio, azulejado, quase como um banheiro.

O sonho aqui se torna incrivelmente nítido, dá para ficar parado contando os azulejos, tudo muito estável, fixo.

Resolvo usar a técnica do Castañeda e estabilizar o cenário ainda mais, como uma espécie de teste.

Olho alternadamente para minha mão - que não está muito bem formada - e os azulejos, bem nítidos e estáveis.

Tudo está parado, monótono, e é exatamente isso o que me ocorre durante o SL. Esse ambiente soturno, claustrofóbico e incrivelmente estável parece me colocar em um estado de perplexidade e ligeira angústia.

Resolvo inspecionar o local com mais atenção.

A parede ao fundo parece meio espelhada ou envidraçada, ou melhor, translúcida.

Aproximo meu rosto da parede e vejo que é uma espécie de passagem.

Atravesso a parede e tudo fica escuro, flutuante.

Fico com medo e penso no Maharaj (NOTA: Sri Nisargadatta Maharaj).

Uma espécie de grande hélice surge acima de mim, girando no sentido anti-horário.

Acordo.


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Mais algumas experiências de lucidez onírica


Selecionei mais algumas experiências que mantenho em meu diário do mundo onírico.

11/01/2010

(I) Sonho antecedente

Havia meditado bastante na ausência do Eu (sensação igual a da infância).

No sonho, vejo-me na minha casa, à noite.
Estou ouvindo um programa sobre multiculturalismo e parece que a energia acaba.

Como o assunto é do interesse da Larissa e sei que ela ainda está acordada (como, de fato, na vigília, ela também está), levanto-me para falar com ela, no escuro.

Tento ascender o abajour mas não consigo (incapacidade clássicamente relatada pelos sonhadores lúcidos...).

Para minha surpresa, meu irmão está ao meu lado e diz algo sobre "alguma coisa está cheirando mal".

Vou até a porta e abro.

Após abrir a porta, encontro-me na casa em que morava quando era adolescente e, ao invés da Larissa estar do outro lado da porta, encontro a Sílvia (minha irmã).

Falo sobre o multiculturalismo e até eu mesmo fico surpreso por estar ouvindo algo tão tarde.

(posteriormente, após acordar e redigir este relato, noto que essa percepção quanto às incoerências já revelam alguma lucidez onírica, servindo de base para o sonho lúcido que se seguirá).

Aparecem outras pessoas da minha família.

Meu pai está meio "abobado", vagando na madrugada pela casa, dizendo ou perguntando algo sobre como alimentar os cachorros. Digo a ele que não se preocupe com isso e que vá dormir - conduzo-o para a cama, onde está minha mãe deitada e sonolenta.

Desço as escadas e encontro a empregada, trabalhando.

Pergunto por que está acordada e ela responde que precisa deixar tudo preparado para o dia seguinte.

(II) Sonho lúcido - SL

Nessa mesma noite e como continuidade disso, mas sem me lembrar "como", encontro-me agora na rua, à noite e pego um ônibus de viagem. Ando no ônibus só um pouco, como que voltando ao ponto onde me encontrava.

Dou sinal de parada e percebo que há muitos executivos ali dentro - e acho estranho estarem todos acordados nesse horário.

(novamente a percepção quanto às incoerências, embora até esse momento não tenham desencadeado a lucidez onírica propriamente dita)

Desço do ônibus, juntamente com várias pessoas e percebo que dentre elas há um antigo amigo, que também desce aqui.

Ando pela rua à noite e este amigo chama pelo meu nome.

Atravesso a rua e ele me cumprimenta, apresentando 3 outras pessoas, inclusive o pat de um outro amigo (que desconheço na vigília).

Nesse momento, começo a flutuar e me encontro bastante lúcido (SL).

Começo a sobrevoar a cidade, que parece ser pequena, com edifícios baixos, muito bela.

Estou muito lúcido e percebo todos os detalhes, porém não tento controlar o vôo - que é de costas.

Nesse memento, ocorre-me os ensinamentos da Lama Tsering, para não fazer nada em um SL.
Concentro-me nas casas e janelas, por um tempo que suponho ser longo.

Nessa altura, algo me incomoda nas costas, uma sensação de que algo ou alguém possa estar preso a elas.

Essa sensação ou receio faz interromper o SL/PA.

02/02/2010

Primeiro sonho lúcido da noite

Mais ou menos às 03:00 hrs.

Estava em um edifício residencial e já sabia que se tratava de um sonho (SL).

Não me lembro como sucedeu a lucidez onírica.

Puxei o dedo sem surpresa.

Resolvi entrar no apartamento para explorar o ambiente. Havia muitas portas escuras.

A Larissa estava ao telefone, mas não podia vê-la, somente ouvi-la.

Abro uma das portas e dei em um cômodo ou quarto.

Abro outra porta e dou em um quarto muito pequeno, vazio, semelhante a uma dispensa.

Fiquei "atraído", no sentido magnético-energético, por uma pequena caixa, que estava no chão, de madeira.

Embora eu quisesse sair do quarto, algo me atraiu - no sentido literal - para a caixa.

Não resisti muito e resolvo pegá-la.

Bastante consciente, até penso : estou sempre atraído por caixas, o que significa ?

Abro a caixa, que está empoeirada, e não há nada dentro.

Fecho e saio do quarto.

Nisso ocorre-me o receio de acordar e interromper o sonho e percebo que, justamente por causa desse receio, acabo acordando.

Segunda experiência da noite

Após o SL acima, voltei a dormir e, durante um sonho, tive um falso despertar, quando me mantive "deitado".

Ocorreu uma forte sensação de flutuação, durante muito tempo.

Tento obter a visão do quarto, pedindo em "voz alta" por "visão", mas sem sucesso.
Após muito tempo, parece ocorrer o descolamento.

OBS: durante esse tempo, fiquei com um pouco de medo. Por causa do medo, pensei em entidades malignas, então imagens sombrias apareceram. Neutralizei-as pensando em algo elevado e positivo. Primeiramente, em Cristo e, depois, no Buda. Nesse momento, a flutuação aumentou, creio que por ter perdido o medo.

Algum tempo depois, uma sensação na garganta me fez interromper o processo. Ou quase.

Novo falso despertar, após o qual eu "conto"a alguém sobre a experiência, inclusive sobre o SL.

"Durmo" novamente; a sensação de flutuação permanece constante, porém um pouco mais fraca.


Isso continua assim bastante tempo até a perda da lucidez.





terça-feira, 15 de junho de 2010

Relato de cinco sonhos lúcidos


05 ou 06/11/2009

Este Sonho Lúcido ocorreu em 05 ou 06/11/2009. O relato foi escrito somente em 15/011/2009, com perda de detalhes.

O sonho começa não-lúcido: lembro-me que estava andando de bicicleta em uma rua movimentada. Pouco depois, a bicicleta fica bem menor, semelhante a uma bicicleta de criança. Embora me lembre ter ficado lúcido logo em seguida (SL), não me recordo exatamente as circunstâncias que me fizeram ficar lúcido no sonho, assim como a sensação. Só me recordo que estava calmo, sereno.
Vejo que na rua há uma espéie de lápide, com inscrições. Aproximo-me e tento ler, mas acho que está em uma língua estranha.
Entretanto, nesse momento, a lápide se abre, como uma porta.
Bem lúcido, entro na lápide e descubro que é uma passagem subterrânea. Ao fundo há um homem com aparência bem "normal" - careca, bigodes, meio baixo, meio gordo. Ele se apresenta ou eu suponho ser uma espécie de guru.
Ele fala de coisas mundanas.
Fico bravo e exclamo: "E a minha iluminação ? "
Ele argumenta em tom entediado que eu não sirvo para ser "curador".
Pergunto: por que ? - e ele diz que tenho fígado fraco e dá explicações científicas sobre o fígado etc.
Acordo.



15/11/2009

Estava em um ambiente interno, uma casa, com uma escada. Havia mais pessoas ali. Conversamos sobre algo que não me lembro bem, mas surge em mim a idéia da Iluminação e do Maharaj (Nota: Sri Nisargadatta Maharaj).
Faço então uma pergunta: teriam os seres iluminados aquele problema ? (discutido na conversa). Alguém me responde que não, tais seres não têm problemas. Por alguma razão que desconheço, sobrevem a lucidez onírica (SL). Resolvo dar um salto e, de fato, acabo flutuando.
Por alguma razão penso que se girar o corpo velozmente algo ocorrerá.
Começo a girar muito rapidamente e o cenário desaparece, ficando apenas escuridão e flutuação. (OBE ?).
Acordo.

30/11/2009

Antecedentes:
de madrugada, acordei às 3:00 hrs e fiquei meditando bastante. Voltei a dormir somente ao amanhecer, quando então tive esse SL.

Estava em um elevador com a Larissa. Apertamos o botão de um determinado andar, acho que do 11 andar. O elevador sobe e a porta se abre, mas não é o 11 and. Entro novamente no elevador, mas este está diferente. Aperto novamente o botão do 11 and. A porta se abre e parece que há uma incoerência, acho que não é o andar correto.
Percebendo a incoerência, mas ainda supondo que NÃO seja um sonho, resolvo esticar o dedo, discretamente.
Para minha surpresa, o dedo estica !
Agora bem lúcido (SL), digo para a Larissa ir sozinha no elevador, que depois eu vou, mas minha intenção é explorar o andar.
Vejo uma moça de saia branca andando em direção a um corredor acarpetado vermelho e resolvo segui-la.
O sonho está firme e bem lúcido.
Ando pelo corredor e, ao fundo, vejo alguns jovens, parece que estão trabalhando. O edifício se assemelha a um hotel.
O corredor tem uma passagem, uma espécie de bifurcação à direita e acho que a mulher foi por ali. Resolvo seguir essa direção.
Lembro-me então do Castañeda, da técnica de fixar a atenção em algo, desviar o olhar e voltar novamente, tudo isso com a intenção de fixar bem o cenário onírico.
Faço isso 2 vezes, mas não sei se por essa razão, o sonho se apaga.
Acordo.

14/12/2009

O SL ocoreu no meio da noite, sem que eu tivesse acordado.
Lembro-me apenas que estava no litoral com outras pessoas, acho que conversando sobre sonhos lúcidos (SL).
havia duas meninas, pré-adolescentes.
Não me lembro como me tornei lúcido, acho que foi decorrência de estar pensando nisso no sonho.
Ao ficar lúcido, entrei no mar e senti a água (influencia do SL contado pela Ivanise ?)
Os pensamentos eram claros.
As 2 meninas vieram atrás de mim.
Mergulhei na água. Elas me seguiram e, então, para convencê-las de que era um sonho, enfiei uma mão dentro da outra - lembro-me de que houve uma certa resistência e dor.
Disse a elas que isso prova que estavam em meu sonho.
Elas concordaram.
Depois, não me lembro mais o que ocorreu.
Acordo.

26/12/2009
Por voltas das 12:50 hs.

Começa o sonho já meio lúcido.
Me vejo em um cenário turvo, mas tenho certeza de que é o quarto da casa em que morava quando adolescente.

O vizinho faz muito barulho, está preparando uma festa, acho que de Natal, no quintal.

Percebendo que é um sonho (SL) e que estou na cama, faço o movimento para me levantar (projeção astral - PA) e, de fato, me levanto e sinto a flutuação, embora não haja mais imagens.

Faço ou peço para poder ver e então me vejo voando em grande velocidade em meio a um cenário muito belo. É uma orla na Europa, com casas no estilo escandinavo e barcos. O mar é muito escuro, é como se eu estivesse sobrevoando em vôo rasante.

Tudo muito nítido.

Olho para minhas mãos e estico os dedos.

No vôo, posso ver também pessoas, automóveis etc.

Sobrevôo casas e penso: preciso encontrar um mestre, será que terei que procurar ou vai aparecer ?

Tento então parar o vôo e pousar em uma casa, mas percebo que não tenho muito controle do vôo.

Fico um pouco confuso com isso e tenho a sensação de estar sendo arrastado (talvez para o meu corpo físico).

Acordo.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mais relatos de sonhos lúcidos...



Após um longo período , resolvi retomar a publicação de sonhos lúcidos, selecionando alguns dentre aqueles que mantenho registrados em meu diário do mundo onírico.

Como o último relato postado se referiu a um sonho lúcido ocorrido em setembro/2009, seguirei mais ou menos a ordem cronológica desde então.

18/10/2009
Primeiro sonho lúcido (SL) da noite

(este relato foi redigido algumas horas após acordar, por isso omiti alguns detalhes)

Estava andando em uma estrada ou rua. Havia uma mureta ou parede à direita. Era noite. Após essa mureta, havia um penhasco e, mais adiante, o mar, muito semelhante às paisagens do Mediterrâneo.

Não me lembro porque, jogo a Ivanise (que no sonho é um bebê) no penhasco e observo ela cair no mar. Em seguida, também me jogo. Ambas as ações tinham um propósito, não se tratava de uma agressão.

Ao me jogar, o penhasco fica ainda mais alto, quase uma paisagem aérea e passo a sentir meu corpo em queda livre. Nesse momento, percebo que é um sonho (SL) e começo a voar em alta velocidade, interrompendo a trajetória descendente da queda. Acordo.

18/10/2009
Segundo SL da noite.

Estou na faculdade, há muitas pessoas por toda a parte. Saio por uma porta e estou caminhando em um grande jardim.
Percebo que há algo estranho, não no cenário, mas em mim mesmo: parece que estou um pouco aéreo, confuso e acho que não sinto muito o chão sob os meus pés (essa auto-observação iria servir para detonar lucidez em outros SL posteriormente, creio ser fruto direto da auto inquirição na meditação).

Desconfio que possa ser um sonho.

Resolvo dar um pulo para tentar voar, mas não consigo.

Entretanto, esse pulo tem algo estranho, pois foi quase um vôo e agora já tenho certeza de que se trata de um sonho (SL).

Muito lúcido, lembrei-me de um sonho que minha irmã havia me contado no dia anterior - em que ela voou para o céu, lembrando-me também, ainda no sonho, de um relato de Oliver Fox sobre o Skrying.

Por isso, resolvo voar diretamente para cima, em direção às estrelas.

Embora evite olhar para baixo, percebo que estou voando a uma grande velocidade, como um foguete.

Olhando sempre para cima, só vejo o céu noturno nublado, mas, observando melhor, percebo que já aparecem algumas estrelas.

Concentro-me ainda mais para que o vôo seja muito rápido e sempre para cima.

Observo atentamente as estrelas, agora são muitas e mais nítidas ! Começam a mudar de forma, formando nebulosas, galaxias....

Resolvo olhar para baixo e percebo que esse movimento inicia o processo de interrupção da experiência.

Já acordando, continuo experimentando a sensação de flutuação (muito forte) e resolvo me acalmar e não abrir os olhos imediatamente, até que essa sensação cesse por completo.

Acordo.