quinta-feira, 10 de abril de 2008

Realidade virtual e sonhos lúcidos

Realidade virtual e sonhos lúcidos

É comum em filmes de ficção científica - FC -ver uma cena em que o personagem entra em um quarto de paredes brancas sem mobília e equipamento. Vê-se, também, o personagem colocar uma roupa especial com capacete e óculos. Nos mais avançados cientificamente nem precisa disto.

De repente, para o personagem, a sala muda e passa ter um cenário completo e o personagem se vê inserido em um novo ambiente de acordo com um programa preestabelecido.

O bom é que o personagem sabe que esta em uma realidade virtual e vão obedecer às leis criadas pelo programa, que podem ser muito parecidas com a da nossa realidade, por exemplo, gravidade, ou pode ser muito diferente, poder voar.

Há casos em que há uma equipe de terra monitorando personagem e pode até ver o que ele esta vendo e fazendo. Também a casos de que estão vários personagens neste ambiente especial

No filme “Jornada nas Estrelas – Nova Geração”, a série, existe outra particularidade, pode-se ter acesso grupal ao programa, ou seja, vários participantes ao mesmo tempo. Uma mesma cena de RV compartilhada pelos participantes.

Hoje a diversos tipos de equipamentos que tentam criar esse tipo de realidade. RV, sem o grau de sofisticação, da FC. Um exemplo que tem certo sucesso é o Second Life, onde se cria um corpo virtual e começa a se viver em outro universo o metaverso. Esse corpo pode ter poderes fantásticos e desafiar as do nosso universo convencional. Nesse caso estaria mais perto do sonho do que lúcido.

Chama-se realidade virtual, - RV - a uma realidade criada por computador, um programa, acoplada a equipamento, de tal forma que o virtualnáuta tem a sensação de estar vivendo realmente a cena, com riqueza de detalhes perceptuais capaz de convencer da realidade da experiência.

Ainda não chegamos a um grau de avanço tecnológico, sofisticação que chegou a FC, mas temos os princípios básicos

1. A utilização programa
2. A utilização de equipamentos
3. Artefatos que “enganam” o cérebro e os sentidos
4. O cérebro crê que é real
5. O organismo comporta-se como se estivesse em uma situação verdadeira

Não se pode deixar de ver a grande semelhança entre RV e sonhos. Podemos dizer que o sonho é uma espécie de RV natural e fisiológico e de que a RV é uma espécie de sonho lúcido artificial na vigília ativa

A RV pode se tornar uma maneira ou técnica de se entrar lúcido nos sonhos ou manter a consciência contínua passando do meio extraonírico para o ambiente intraonírico, mantendo um padrão de consciência igual ou superior o da vigília ativa
Pode-se também visualizar um paralelo entre as utilidades da RV e dos sonhos lúcidos. Por exemplo, utiliza-se RV. Pára a criação de peças, objetos, artefatos. O sonho lúcido também tem a mesma utilidade.

Outra coisa o sonho lúcido pode “dar” poderes especiais para o sonhador na vigília onírica. Mas esse não é o objetivo do sonhador lúcido veterano e sim explorar os mundos interiores, superiores, transpessoais, multidimensionais. Pose até ser que, em uma dessas epopéias oníricas desenvolvam-se poderes especiais, mas é meio e não fim.
Otávio Aquino

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